quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Carnaval continuação

Na foto: Um Bêbado e um monte de pessoas sorridentes.

Dia 4

Esse dia foi just like a circus. Eu ri demais, eu me diverti demais. Foi o dia em que eu me senti conectado a algumas pessoas, mesmo que não seja uma conectividade tão grande como eu já tenho com o Kaduh. E foi estranho, ver um monte de gente pra lá e pra cá no meio da praia correndo atrás da Mariana que tinha pirado, não é que eu não conseguia me importar com tudo o que estava acontecendo, não conseguia me adequar aquela situação que desde muito tempo eu não sentia, não vivia.
Mas vamos por a ordem nos fatores e deixa eu por um pouco mais de graça nesses fatos porque abel sem sarcasmo não é o abel. Os planos da noite seriam: Ipanema e logo após Ultra Pop. E eu particularmente estava muito interessado na Ultra Pop por motivos pessoais. Mas chegando em ipanema, logo logo eu e Diego nos perdemos do povo que estavam dançando axé empolgadíssimos. O problema é que a criatura das trevas ontem que roubou meu celular dificultou toda nossa comunicação e eu não achava o Kaduh e ele não tinha a mínima idéia de onde eu podia estar. E então com toda essa incomunicação (existe isso?) eu acabei tendo que ir parar na casa do Diego na Lagoa! E ainda fui na garupa da bicicleta dele o que foi ótimo. Chegando lá eu descobri que eu sou o cúmulo do favelado. A casa dele parecia cenário de malhação e tomamos champagnhe francês em taças lindas, ainda jogamos o champagnhe pela varanda do prédio dele que tinha uma vista linda pra Lagoa. O melhor foi o lanche ultra vegetariano que fizemos com Bruschetta Pronta. Pois é, eu poderia chegar em casa dizendo: Mãe, comi uma bruschetta. Se ela, por acaso, se permitisse abstrair algumas consoantes, acho que ela estaria soltando fogos de alegria. Mas eu não fiz isso, vai que ela pensa coisa errada de mim.
Quando chegamos na praia tudo virou um caos. O vírus resident evil havia atacado a Mariana e eu me aproximei de um grupinho de pessoas perto de alguns carros, algumas xingavam a Mariana enquanto ela gritava e tentava bater nessas pessoas. Outras pessoas ligaram o som do carro e dançavam música eletrônica. Quando me aproximei uma garota loira se arriscou a dançar "Set Me Free" comigo sem saber quem eu era. Olhei pro lado e pude jurar que vi a Tati-quebra-barraco falando gritando e ao mesmo tempo cuspindo algumas coisas que eu não entendia bem na cara da Mariana. Eu achei aquilo entediante de início porque a alguns passos dali estava o irmão lindo do Marcelo que eu não pude deixar de dar mole, como toda biscate que se preze. Mentira, não é biscatinagem, ele é muito lindo mesmo :O
Mas depois as coisas começaram a ficar interessantes. A banny tinha começado a chorar, kaduh fechava e abria o celular toda hora. Selena parecia uma múmia tropical bronzeada andando exausta pra lá e pra cá balbuciando coisas como: Não estou enxergando. E o negócio tinha que estar mesmo interessante porque Diego tinha me deixado pra ir pra beira da praia. Quando eu me aproximo de todas aquelas pessoas eu me senti literalmente em "O Efeito Borboleta" porque praticamente todas as pessoas do luau do aniversário do Kaduh estavam presentes lá - exceto pela Babi que estava na região dos lagos. Eu ouvi gritos e Mariana tentava se matar na água do mar, a Day gritava alguma coisa que pra mim não tinha nexo com um timbre de voz mais grosso que o meu pai. Isso sem falar no rumor que Mariana havia tentado assassinar Naná empurrando ela na frente de dois carros. A próxima coisa que eu me lembro é de coisas vermelhas brilhantes... luzes, carro... SAMU - sim, chamaram a ambulância. O problema é que os enfermeiros aproveitaram que estavam na rua gay e resolveram bancar os gays também dizendo que na areia não pisavam pra buscar ninguém. E aí começaram a agredir a Mariana pra ver se ela parava de dar ataques de psicopata canibal. Diego voltou ao paleolítico quando tentou puxar Mari pelas pernas e levou areia na cara, ele parecia um homem gay das cavernas, ele gritava e gesticulava e tacava areia na menina - essa cena rendeu boas risadas minhas com o kaduh depois. O povo havia ficado louco, a praia toda olhava pra gente, Felipe paris estava tendo um ataque de asma porque estava nervoso, Douglas dizia que estava com o diabo no corpo. Acho que tão calma quanto eu só a Amy Lee que até sorria ás vezes diante daquela confusão toda. Até figuras do passado mais sépia e distante que possa se ter idéia surgiram - sininho surgiu pra falar alguma coisa sobre ecstasy que nos fez rir, além de figuras desconhecidas como uma garota que resolveu fazer a Regina Volpato e dizer pra todos o que seria melhor fazer com a Mariana. A noite acabou com todos nós sentados no meio fio com os tênis cheios de areia, alguns rindo e eu reclamando sobre o fato da Mariana ter sido a estrela da noite e não eu - o que foi estranho, porque como disse no começo do post, isso me fez sentir conectado com aquelas pessoas.

Dia 5

Não éramos pra sair nesse dia. Aliás, queria deixar logo bem claro meu extremo ódio pelo Renan. Estávamos na casa do Kaduh, quando o fogo na bunda se acendeu. Pedi a todos que pude o telefone do Renan, afinal ele estava me devendo 25 reais e isso daria mais do que suficiente pra raxar uma Vodka com alguém e ainda voltar de táxi pra casa. O problema é que nós tínhamos que encontrar o Renan no meio de toda aquela gente na farme de Amoedo. Ele atendeu o maldito celular até a hora em que nos arrumamos, quando chegamos lá naquela merda ele resolveu não nos atender mais. E parecia que ele estava realmente interessado em nos fazer de palhaços porque ficamos sem o dinheiro pra gastar e tivemos que ainda acordar a mãe do Kaduh pra pagar nosso táxi de volta. Mas foi até legal, dessa vez nem com o Diego eu me perdi, acabei sozinho no meio daquela gente. Alguns passavam a mão em mim, alguns me beijaram a força, alguns colocaram a mão no meu bolso numa tentativa frustrada de roubar alguma coisa, só que já tinham levado no domingo. Mas acabou que eu me encontrei com umas pessoinhas. Mas tiramos bastante fotos desse dia, pena que eu não sabia mais o que vestir e acabei indo com o blusão xadrez do Kaduh de novo (uó repetir roupa).E ainda conhecemos uns gringos heteros que não sabiam que a farme de amoedo era uma rua gay. Um deles eu se apaixonou pela Selena-biscate que sempre tem sorte com os gringos, ela na europa deve ser A sensation - eu iria pra lá, se fosse ela. Mas o gringo da Selena tinha um amigo que parecia meio indeciso quanto a sexualidade, o frederick que pareceu realmente gostar de mim O.o eu disse pro gringo da Selena que se ele quisesse sair comigo era só me ligar - vamos ver no que isso vai dar. Ah, eu já mencionei que o Kaduh tem uns amigos que dá vontade de agarrar? O Rafael é um deles, ele ficou conversando com a gente no final. Cheguei em casa morto, Kaduh super pilhado. Dormi muito rápido, esqueci até da fome e deixei meu carnaval virar cinzas (temporariamente).

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